terça-feira, 18 de novembro de 2014

O choque #1

Na primeira ecografia, às 5 semanas, foi confirmada a gravidez e o médico disse-me para o ir ver passados 15 dias. Achei um pouco estranho mas, tendo um histórico tão complicado, pensei que era precaução.
Às 7 semanas lá fui então eu, a horas tardias, pelo que o pai teve que ficar com o T.
Os minutos anteriores a uma consulta ou ecografia durante a gravidez são passados sempre com bastante ansiedade.
Ecografia vaginal, médico concentrado e veredicto: "está tudo bem e é o que me parecia... São 2!"
Um turbilhão de pensamentos invade-me! 2??? Raios! Não estávamos a contar (alguém conta?) Foi um misto de receio e excitação. Dois duma vez dá direito a uma experiência de vida. E na verdade nós sempre falámos em ter três filhos por isso fica resolvido e não há desculpas.
Apesar das coisas boas que ter gémeos pode ter (e acho que sou otimista por natureza), há também algumas coisas menos boas. Veio-me logo ao pensamento o meu filho T. Com gémeos, como é que íamos ter tempo e atenção para ele? Ainda tão pequeno... Se soubessemos que eram gémeos talvez tivessemos esperado mais para engravidar? Ou talvez não? Gémeos? Vamos ter gémeos? Casa, carro, despesas, dinheiro? Tudo me ocorre nestes segundos.
O médico alerta para as complicações que podem surgir já que uma gravidez gemelar é sempre considerada de risco.
Naquele momento não absorvi grande coisa. O meu cérebro estava ocupado a fazer imagens mentais da minha nova família que nem em sonhos (e digo sonhos e não pesadelos) imaginava.


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